domingo, 18 de janeiro de 2009

Á procura da felicidade

Ele se chama José. Não, talvez João. Dois nomes comuns, populares. Sobrenome? Ah, não dirá muita coisa. Morava no campo. Pacato demais? Tá, na cidade. Talvez ele fosse apaixonado por alguém. O que levaria você a supor que essa seria mais uma história de amor. Aquela do camponês pobre e da pobre menina rica? Ou de qualquer outro impedimento. Não importa. Não faz diferença. Para você pode ser em pleno século XXI ou em 1820. Pode ser na China ou na Itália. Será que faria diferença se ele fosse metalúrgico e ela empresária? E se ela pertencesse a uma tribo e ele fosse piloto? Advogado, talvez. O que você espera, o que você procura? Algo que te surpreenda, provavelmente.
Então vamos lá. O tal João é apaixonado pela paisagista e ela por ele. Como todo amor correspondido, eles se casam e vivem uma vida corrida do dia-a-dia, mas ao mesmo tempo prazerosa. Isso soa estranho, não? Não tem nenhuma intriga, briga, desavença, distância, amor proibido, assassinato ou uma 3ª pessoa interessada em destruí-los. Chega a ser frustrante. Não é isso que as pessoas de fora procuram. Será que a felicidade dos outros incomoda? Por que é bom vermos as maldades que são feitas?  E, no final, como de costume todos os problemas acabam e finalmente todos ganham suas recompensas. Isso também pode ser frustrante, quando você volta pra si e vê que  continua no mesmo lugar de antes. Talvez numa livraria, talvez vendo o final da novela ou na frente do seu computador. Não importa. Você continua igual, com a mesma calça jeans surrada ou a gravata oprimante. Alguns com mais esperanças que outros. Alguns decepcionados e outros até sonhadores.
É isso que você procura? A sua felicidade? O seu amor eterno? A sua liberdade? Então vá buscá-la. Corra atrás dela, literalmente. Não procure motivos para desistir e nem para sonhar. Não busque histórias de pessoas com nomes diferentes, que moram em cidade estranhas e têm problemas maiores que os seus para você se contentar com o que tem. Não viaje para 1820 ou para 2020. Ah, e não se esqueça: Viva!