sexta-feira, 11 de novembro de 2011
"Perdi alguma coisa que me era essencial, e que já não me é mais. Não me é necessária, assim como se eu tivesse perdido uma terceira perna que até então me impossibilitava de andar mas que fazia de mim um tripé estável. Essa terceira perna eu perdi. E voltei a ser uma pessoa que nunca fui. Voltei a ter o que nunca tive: apenas as duas pernas. Sei que somente com duas pernas é que posso caminhar. Mas a ausência inútil da terceira me faz falta e me assusta, era ela que fazia de mim uma coisa encontrável por mim mesma, e sem sequer precisar me procurar."
domingo, 6 de novembro de 2011
Inspira cinzas
dou-te meu amor
mais uma vez
busca a solidão
foges, digo a cuja
procuro a saida
no momento da chegada
parto como uma dor
imensuravel da partida
chego no final
saio e volto
como num ato de coragem
busco o que tenho
procuro o que não quero
quero e volto pra buscar
o desconhecido
falo e num ato de loucura
beijo e cuspo
a boca, como escarro
fujo e volto
pro ser inexistente
pra vida límpida e negra
sublime da dor de cada dia
o medo não é da ida, é de voltar
"Ah solidão, foges que eu te encontro... Doce solidão"
mais uma vez
busca a solidão
foges, digo a cuja
procuro a saida
no momento da chegada
parto como uma dor
imensuravel da partida
chego no final
saio e volto
como num ato de coragem
busco o que tenho
procuro o que não quero
quero e volto pra buscar
o desconhecido
falo e num ato de loucura
beijo e cuspo
a boca, como escarro
fujo e volto
pro ser inexistente
pra vida límpida e negra
sublime da dor de cada dia
o medo não é da ida, é de voltar
"Ah solidão, foges que eu te encontro... Doce solidão"
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